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Greve dos professores em São Paulo já passa dos 90 dias e é a mais longa da história

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(foto: reprodução)

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A greve dos professores da rede pública estadual de São Paulo, decretada no dia 13 de março, já dura 92 dias e é a maior da história do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), que representa mais de 180 mil profissionais e é considerado o maior da categoria na América Latina. Antes dessa, a maior greve havia durado 80 dias, em 1989, segundo o próprio sindicato.

Na tarde desta sexta-feira (12), uma nova assembleia está marcada no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para decidir se o movimento prosseguirá. O governo não apresentou qualquer proposta de reajuste salarial desde que a greve foi decretada. Os professores reivindicam aumento de 75,33% como equiparação salarial a outras categorias com a mesma formação. Segundo a presidenta do Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, não é possível prever o resultado da assembleia.

Desde o início da paralisação, a Secretaria Estadual de Educação e o sindicato divergem principalmente sobre a data-base da categoria: para a Apeoesp, ocorre em março. Para a secretaria, a data-base só deve ser discutida a partir de julho.

Até agora, o secretário de Educação, Herman Voorwald, ofereceu como propostas aos professores a inclusão dos temporários na rede de atendimento do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e o aprimoramento da contratação desses docentes. A secretaria afirma que fez oito reuniões com a Apeoesp, em que garantiu que será formulada uma nova política salarial para os professores a partir de julho, mas o sindicato reclama que a secretaria não deu valores e sequer a data em que isso ocorrerá e que não enviou as demais propostas para serem votadas na Assembleia Legislativa.

Apesar de longa e de ainda não ter conseguido conquistar o objetivo principal, que é o reajuste salarial, a greve é considerada válida pela presidenta do sindicato. Amparado por uma decisão da Justiça, o governo paulista tem descontado os dias parados dos grevistas o que, para o sindicato, tem feito diminuir a adesão à greve nos últimos dias.

O governo informa que 98 por cento dos professores estão dando aula e diz que esta é a menor adesão a uma greve na história. O sindicato, por sua vez, estima que, desde o início, a greve teve uma adesão média de 60 por cento dos professores, embora neste momento entre 25 e 30 por cento ainda estejam paralisados, apesar do desconto dos salários. (pulsar)

*Com informações da Agência Brasil.


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